sexta-feira

Porque você DEVE assistir jogos mortais!

Jogos Mortais é uma produção cinematográfica que envolve terror, suspense, medo. O filme tornou-se uma franquia de terror de maior sucesso dos últimos séculos. As armadilhas de Jigasaw a cada capítulo ganham uma nova dimensão, algo ficcional que se projeta no espaço onde se encontra os telespectadores.
No decorrer da saga podemos notar que Jigsaw não desejava matar e sim colocar os jogadores em um duelo contra os seus medos e temores; com objetivo de despertar a capacidade de compreender a situação como um todo, ao invés de buscar somente a sua própria sobrevivência.
Entretanto os jogadores não compreendem a charada e suas vidas são ceifadas contra a vontade Jigsaw que pretende exilar o egoísmo, o eurocentrismo, a ganância, a vaidade e a prepotência de seus jogadores.
O personagem Jigsaw é o próprio diretor da saga que não mede as consequências pra fazer suas cobaias sentirem na pele o medo da morte, do escuro, da dor; algo que leva os jogadores a loucura. Não podemos deixar de destacar que os jogadores são pessoas que cometeram infrações contra ele próprio ou contra a sociedade.
O filme traz em sua essência, cenas macabras, demoníacas, subhumanas. A cada novo episódio era deixado resquício de um novo jogo que em breve se iniciaria, pois o real objetivo do jogo não havia sido alcançado.
Jogos Mortais seria um filme de terror ou um encontro da humanidade com seus medos?
No clímax de cada saga notamos que os jogadores eram mais monstruosos do que o próprio Jigsaw. Por isso a cada saga do filme, novos jogadores eram instigado a viver a realidade de forma clara e coletiva.
O jogo em si trabalha a capacidade dos indivíduos de viver em grupo, respeito os limites do outro; isto fica visível em meio ao terror que os jogadores vivenciavam dentro daquelas máquinas, as quais os obrigavam a lutar pela vida ou para morrer como preço do egoísmo e do individualismo.
É interessante apontar que se os jogadores valorizassem a vida do outro como a sua próprio, não existiria jogos mortais e sim jogos da sobrevivência.
Diante do olhar de muitos telespectadores a produção cinematográfica desperta o terror, no entanto o filme não conseguiu retratar o terror que nós vivemos na realidade, onde os jogadores são crianças, idosos, pais, índios, negros, gays e outras pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, seres humildes ou até mesmo verdadeiros anjos que no cotidiano são massacrados, abandonados, silenciados, torturados, violentados e levados a morte sem ao menos uma explicação do por que aquilo está acontecendo.
O autor da saga jogos mortais traz sempre uma surpresa e no último filme da saga, o legado de Jigsaw ganha novos aparatos; os jogos deixam os esconderijos e tornam-se públicos, o terror é utilizado como um mecanismo que coloca em prova os sentimentos do público.
Jigsaw em suas armadilhas desejava mexer com o físico e psicológico de seus jogadores, algo que os faziam renascer. Os sobreviventes do jogo se sentiam livres e ao mesmo tempo oprimidos pela dor e pelas cicatrizes que ficaram como marcas permanentes de um encontro com a morte.
Para o terror dos fieis telespectadores da saga que diz ter chegado ao fim, podemos notar uma “incoerência” com relação ao título que destaca “o fim”, por que muitos mistérios foram revelados no “suposto” final da saga, no entanto a última cena não confirma o fim da saga e sim o começo de um novo fim.
Compreendendo as sagas como um todo, podemos notar que o filme aborda um terror que choca as pessoas, no entanto o autor da saga não deve ser considerado um psicopata e sim um jogador que desafia os monstros de um mundo sem escrúpulos, coração e emoção; de forma precisa e apavorante ele destaca o capitalismo que absorve e destrói por completo o ser humano.
Na aurora da análise podemos chegar a conclusão que Jigsaw não é um monstro ou muito menos um psicopata e sim um professor genial que ensina aos seus jogadores como se deve viver.
(Autor do texto: NÃO FUI EU)
http://cinemaeaminhapraia.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário